Em um acesso de fúria e sem nenhuma piedade, Shiva usou seu poderoso tridente e separou a cabeça do menino do corpo. Arrependido e vendo Parvati muito triste, Shiva concedeu uma bênção à Ganesha: enviou alguns de seus ganas – assistentes – para o norte e lhes ordenou que trouxessem a cabeça de qualquer animal jovem que combinasse com a estrutura física do corpo do garoto que encontrassem pelo caminho e, enquanto isso, o seu tronco seria cuidadosamente banhado, perfumado e envolto por ornamentos. Tão logo os ganas retornaram, trazendo consigo uma cabeça de um jovem elefante, essa foi rapidamente colocada ao tronco do garoto. Juntos, anjos e deuses oraram para que esse votasse à vida. Shiva atendeu às preces. Brilhando com uma intensa luz vermelha, o garoto revive, forte e belo com a cabeça de elefante. Parvati ficou feliz pelo fato de seu garoto ter sido trazido de volta à vida, apesar de sua cabeça de elefante. Shiva o proclamou como sendo seu filho, o Senhor dos Shivaganas e o removedor dos obstáculos. A partir daí, o garoto passou a ser adorado, reverenciado e exaltado e chamado por todos, carinhosamente, de Ganesha ou Ganapati. Parvati, feliz, acalmou-se, e o mundo prosseguiu o seu destino.
Ganesha simboliza a sabedoria, inteligência, amor, fertilidade e prosperidade. É o primeiro a ser invocado nas cerimônias para garantir o sucesso em qualquer empreendimento. Ele destrói todos os obstáculos materiais e espirituais.
Em algumas imagens, ele aparece com quatro braços e às vezes montado sobre um rato.
Na tradição tântrica, a tromba de Ganesha lembra o lingam (órgão sexual masculino) e a boca, a yoni (órgão sexual feminino). A força graciosa do deus elefante representa o vasto poder da energia sexual. Ele também é chamado de OmKara, ou "aquele que tem a forma do Om".
Os indianos dedicam à Ganesha o dia 9 de setembro para homenageá-lo (é feriado na Índia e as festividades duram uma semana).
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